Quando
se quebra uma tradição milenar fica exposto que o mundo está mudando,
transformando-se em algo novo. Me parece que os anseios da humanidade
pressionaram grandes instituições a se modificarem, isso ficou bastante
claro quando a Igreja Católica Apostólica Romana escolheu como
seu líder máximo um homem latino-americano, de uma região onde, há
poucos mais de 500 anos, a Igreja Católica ajudou a colonizar e a
transformar, seja de uma forma positiva ou seja nagativa.
A
escolha de Bergoglio, um homem de diálogos, não radical e extremamente
simples em suas ações e escolhas, para ser Papa, revelou que a Igreja
sentiu que seus mais de 1 bilhão de fieis pedia - Mudança!
Os
Católicos debandaram para outras religiões nas últimas décadas, alguns foram para religiões mais abertas outros buscaram religiões mais extremistas, foram atrás de novos conceitos e
novas traduções da palavra de Deus. E este é o desafio que a a Igreja de
Roma terá pela frente.
O
cardeal argentino, quando aceitou a desafio de ser Papa, escolheu como
denominação para seu pontificado o nome Francisco, uma homenagem a São
Francisco de Assis, um homem que abriu mão de muitas coisas ao longo de
sua vida para se dedicar aos ensinamentos de Deus e a cuidar daquilo que
Deus criou para o homem. E este foi mais um indicativo que esta grande
instituição religiosa tentará mudar, deixando de lado luxos, dogmas
e ensinamentos arcaicos e buscando modificar a forma de passar a palavra de
Deus, uma forma mais centrada e mais próxima da realidade do século
XXI.
Papa
Francisco em uma de suas primeiras reuniões recebeu lideres da religião
judaica, muçulmana, hindu e de outras religiões orientais e ocidentais, Francisco deixou claro que quer se aproximar destas religiões para um
diálogo mais aberto e mais amistoso. Isso sem duvida irá refletir na
sociedade no futuro, trazendo mais tolerância e respeito entre nós.
Jorge
Mario Berglogio, argentino de Buenos Aires, torcedor do San Lorenzo,
adorador do Brasil e da nossa música, não dispensa um chimarrão, o primeiro Papa que vem de um país
que foi colonizado por europeus e que quer mudar a Igreja levando ela
para as periferias, descendo do altar para dialogar na rua com o povo.
Se
precisamos mudar alguns pontos a hora é esta, porque nos deram o
exemplo! Depois de mais de 1000 anos uma instituição milenar irá mudar.