segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Você está com a minha imaginação?

Por hora minha mente anda perdida, certo mesmo é que a minha imaginação foi habitar outro lugar. 
Dizem que existe uma tal fadiga de imaginação, algo parecido com o esgotamento mental. 
Talvez seja isso mesmo, não sei. 
Nos últimos dias não encontro as palavras certas para colocar, no papel, aquilo que realmente penso. 
Tento observar fotos, ler outros textos, ouvir musicas, lembrar de momentos e pessoas. Nada! 
Nada consegue fazer eu 
encontrar, ao menos, o caminho para achar minha imaginação.
Na minha vida não me lembro de ter deixado minha imaginação ter ido embora da forma como ela foi. 
Fica a dica, cuide da sua. Alimente sua imaginação, não deixe nada roubar o lugar que é dela de direito.
Por fim, alguém a viu?  
Alguém, por ventura, viu a passar por outros papeis, telas ou canções? 
Já estou apelando as invenções do Velho Oeste americano: 

PROCURA-SE! 
VIVA OU MORTA 


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Seja forte! Esqueça por necessiade


Uma pessoa muito querida para mim postou assim:

" O esquecimento das coisas é minha válvula de espace. Esqueço muito por necessidade."

De certa maneira eu me encontrei nesta frase, notei a perfeição do encaixe quando me remeti a um passado presente e me lembrei da grande necessidade de esquecer algumas coisas vividas.
Este dispositivo que a vida nos da é, sem duvida, uma dádiva difícil de se aplicar, porem, necessária e vital.
Digo isso muito pelo fato de os indivíduos estarem se apresentando, nos dias de hoje , de uma forma oposta para aquilo que fomos substancialmente feitos.
Porem o foco do meu texto não são as pessoas e sim o uso do esquecimento.


Não exite uma receita para se aprender a esquecer, mas como um músculo qualquer, o esquecimento precisa ser exercitado para se expandir. Mas cuidado, muitas vezes as pessoas que conseguem facilmente esquecer são pessoas desapegadas e muitas vezes descrentes. Infelizmente é constato que, em grande parte das situações, os indivíduos adquirem estes 'defeitos'  por pura convenção da sociedade que vive. Vale lembrar que dentro de uma sociedade existem tantas outras sociedades.

Nas misturas de informações que faço na minha cabeça chego a uma rasa conclusão. Esqueça as situações, não esqueça as pessoas, esqueça o que te feriu, não esqueça o que aprendeu.

No processo de esquecimento, que pode ser traumático, não deixe de perdoar antes de esquecer.
Como diz Mahatma Gandhi: "O fraco jamais perdoa: O perdão é uma das características do forte" 


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O diálogo cerebral


- Que tarde estranha esta, não acha? 

- Talvez seja porque voltou a chover.

- Não, não acho que seja isso.                                                                    

- O que você acha que é então?

- Não tenho certeza, mas não é o clima, isso é certeza! 

- Mas se não é o clima, será então que é ele?

- Pode ser, ele anda agitado, parece que salta o tempo todo. 

- Ouvi dizer que la fora acontece umas coisas que afetam diretamente o coração e a gente fica sem saber o que fazer.

- Nunca ouvi falar! É contagioso?

- Um amigo disse que é, dizem que tem situações que cega a pessoa. 

- Nossa! Fiquei preocupado, será que ele ta com isso ai?

- O córtex anda emitindo umas pulsações mais fortes pelo corpo, talvez seja esta coisa contagiosa.

- O que podemos fazer?

- Infelizmente nada, mas se continuar assim já já ficaremos só para as contas matemáticas do fim do mês e aquele cara que pulsa la embaixo vai reinar por estas bandas toda. 

- Puxa vida, mas é lindo de se ver isso. Olha olha, ele ta sorrindo de novo olhando aquela foto antiga.

- Então é certo, não vai ter jeito, vamos ficar neste clima estranho por tempo indeterminado! 

- Mas por quê? 

- Porque ele está  ... amando! 


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A ausência da presença

A pele do rosto queima, o coração queima, tua presença foi, em outros tempos, minha maior alegria.
O futuro me alertou que existe um caminho para eliminar a ausência da sua presença.
Mas é difícil, a pele do meu rosto queima novamente, diante das circunstancias a ferida que sua ausência vem causando faz com o que o próprio futuro viva de incertezas, ela começa a errar.
Deixei o futuro descansar e procurei o presente para ver se ele tem a solução. Na primeira conversar chegamos a conclusão que se eu não viver o agora o futuro permanecerá na incerteza, será fraco, desamparado e nunca chegará.
O presente então me questiona : " Será você o responsável por tornar o futuro o presente? Ou será você o responsável por tornar o futuro o passado? Será você ainda o responsável por fazer a ausência da presença se misturar entre o passado, o presente e o futuro?".

Confuso, o presente segue.

Eu, certo, permaneço caminhando para o futuro. O passado bradou que a presença continua com ele, o presente, ainda confuso e seguindo, diz que está com a ausência e o futuro, este, só acena lá de longe, sorrindo, dizendo para mim que a ausência da sua presença é inevitável.



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Quente Outono

Era só uma tarde qualquer de pensamentos em vão, mas era uma tarde quente, tinham patos, lagos, folhas secas caindo como outra tarde de outono qualquer, pessoas de todos os tipos iam e vinham, eu nem ao menos as notavam.  Meus pensamentos estavam longe. Se me recordo, era um pensamento tão minimalista que tinha apenas lábios, sorrisos e intenções. As mais doces intenções. Quando uma folha cumpria seu ciclo e cai morta dentro do lago uma onda se formava, se propagava pelo lago em círculos menores aos maiores.  Talvez Deus levou aquela folha e a fez cair no lago para que eu pudesse entender que aquelas intenções dos meus pensamentos eram como as ondas que se propagavam de menores para maiores. Talvez estas intenções cresçam de uma forma intensa e bata quente como a água do lago fez nos meus pés quando a onda terminou  seu ciclo de se espalhar pelo lago. Amanhã eu voltarei ao lago, irei sentar perto dos patos, as pessoas irão passar por mim e eu não as notarei novamente, os meus pensamentos?


Bom, estes estarão longe, bem ai contigo. 







terça-feira, 23 de julho de 2013

Olá, Tempo

Eu ando escrevendo um livro, aliás eu escrevo este livro tem muito tempo, são 24 anos escrevendo páginas e páginas, algumas eu marco para lembrar, outras eu rabisco para esquecer, porem nunca são esquecidas, nenhuma é arrancada, nem as piores delas eu arranquei. 
Há alguns meses eu sentei junto do Tempo e resolvi reler este livro inacabado junto dele, nos deparamos com histórias tão bonitas, com aventuras tão inesquecíveis, com sentimentos tão fortes, com lagrimas tão doces e tão amargas também.
Suspirei muitas vezes quando tentava me recordar dos cheiros e toques que transcrevi naqueles papeis. Fiz o Tempo chorar ao lembrar de momentos encantadores, de abraços fortes, de beijos insaciáveis, de lembrar de olhares e todos os brilhos que saiam daqueles olhos tão importantes na minha vida. 
Confesso que gargalhamos ao ler histórias da infância e dos momentos recentes também. 
A se o Tempo pudesse me dar o prazer de escrever estas histórias a quatro mãos, as companhias que já tive me fazem falta, os toques e olhares que recebia por pura admiração ou por amor. 
Então pedi ao Tempo que me ajudasse a reparar marcas de rabisco, borrões, linhas tortas. Mas infelizmente o Tempo se negou a fazer isso, disse que apenas era para o continuar escrevendo.
Sinceramente eu acho que eu que ainda pegarei  o Tempo pela mão e mostrarei o tanto que aprendi. 
Provarei para o Tempo que o tempo que ele me deu aproveitei e hoje brilho,  sobre a guarda dos anjos que Ele colocou ao meu lado, anjos físicos, com nome e sobrenome, com suas vidas tão ligadas a minha. 
O Tempo teria inveja de mim depois deste passeio pelas páginas do meu livro inacabado, veria que nem ele pode me fazer cansar, nem ele poderá me fazer deixar de colocar cor nas minhas paginas. 
Mas o Tempo e eu nos tornamos amigos, bons amigos por sinal, nos viciamos um no outro. Porque um sabe aproveitar o que o outro tem de melhor.
Hoje o Tempo veio me pedir para ler o livro inacabado novamente, mas eu neguei. 
Olhei para o Tempo e mandei ele seguir, porque é exatamente isso que venho fazendo, seguindo. 

Com o olhar fixo na ponta do lápis para não errar o traçado. 




domingo, 7 de julho de 2013

Hora Extra

Foram duas topadas na quina da mesa naquela tarde de trabalho, acho que por pura culpa daquele olhar que eu tinha recebido na noite anterior, ou talvez seja por pura falta de atenção mesmo, prefiro acreditar na primeira hipótese.
Se não fosse aquele olhar também eu não teria conseguido coragem suficiente para pedir aumento, nem tido fôlego para correr do carro até minha mesa porque meu despertador me acordou 45 mim atrasado e eu nem teria ido gastar estas salientes dobras que carrego no corpo depois da hora extra que eu cumpri.
Se não tivesse tido aquele olhar, aquela mensagem curta de um simples bom dia, aquele sorriso de canto, se eu não tivesse prestado atenção nas suas cantaroladas, nas suas ideias utópicas tão reais para mim, se nada disso tivesse acontecido naquela noite anterior eu não teria tido aumento, nem conseguiria correr do carro até minha mesa porque meu despertador me acordou  45 mim atrasado e muito menos faria hora extra. 



Olá, sombra ...

Hoje de manhã havia uma sombra na minha janela, era tênue, tinha contornos tão sutis que só consegui vê-la porque a reconheci dos meus sonhos. Talvez tenha intimidade comigo, não sei se tem intenções, talvez com um tempo se releve ou talvez seja apenas mais uma figura estranha que veio me observar. A única certeza que eu tenho desta sombra é que nos meus sonhos ela toma forma, é a forma mais incrível, doce e amável que possa existir.
O fato é que quando eu encaro esta sombra, aqui nesta vida, ela esquiva de mim, é como se ela tentasse me passar algo, mas não deixa acontecer porque algum bloqueio a deixa atordoada demais para fixar seus finos e negros olhos nos meus.
Amanhã não sei se ela virá, não sei nem se nesta noite ela tomará forma nos meus sonhos, mesmo assim eu a cativo mantenho viva e colorida dentro de mim e mesmo que ela venha e se mantenha como sombra na janela do meu quarto eu me esforçarei para toca-la e faze-la brilhar, como ela faz a cada noite que toma forma em meus sonhos.
Nunca é tarde para buscar os seus sonhos, onde quer que eles estejam. 








segunda-feira, 17 de junho de 2013

'Declaro aberta a Copa da Hipocrisia 2013'

Acho muita babaquice ver uns mauricinhos transformarem o Brasil no pior país do mundo da noite pro dia!
Não fazem nada por este país, se quer conhecem o Brasil de verdade e se acham no direito de descerem dos seus apartamentos de luxo para reivindicar e tumultuar a vida de quem realmente faz algo por este país porque pagam impostos!
Passam madrugadas gastando R$100, R$200, R$300 em balada e depois com a cara inchada de álcool entram num estádio para vaiar uma liderança que ajudou, nos últimos 10 anos, criar 14 novas universidades federais e construídos mais de 50 campi por todo o país.
Nunca precisaram do Brasil para viver, não sabem o que representa o Estado para milhões de brasileiros e brasileiras.
É hilário quando puxam coro enquanto a Seleção Nacional ganha: " Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor. " 

QUANTA HIPOCRISIA! 





Coitados, mal sabem cantar o Hino Nacional e tem a audácia de fazer montagens com o Pavilhão da Pátria transcrevendo a seguinte frase: " ... Verás que o filho teu não foge a luta ...". Nunca, de fato, lutaram para conseguir R$1 se quer! Proclamam revolução, mas depois de queimarem pneus, tentarem invadir estádios, vão todos para a festa que o governo local criou para, novamente, beberem e brindarem a vitória do futebol brasileiro e esquecerem do 'ideal' que tentaram chegar aos ouvidos de quem conduz esta Nação .
O Brasil não está bom, mas o Brasil caminha para ficar bom. As pessoas que realmente conhecem o Brasil e lutam no trabalho diário merecem respeito e dignidade, mas estas pessoas protestam de outro jeito, estas pessoas sabem que o maior evento acontece de 4 em 4 anos e não é dentro de estádios,  protestam no silencio das urnas.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O Papa levanta a bandeira gay!

O que eu li nas paginas do The New York Time Online ontem foi realmente surpreendente e não menos revolucionário para a história. O diário estampa no dia 19 de Março que o Papa Francisco já defendeu a união civil entre pessoas do mesmo sexo e que deve abrir o catolicismo para a questão.
No artigo assinado por Simon Romero e Emily Schamall o diário americano traz as seguintes palavras:  

“A Argentina estava à beira de aprovar o casamento gay e a Igreja Católica Romana estava desesperada para impedir que isso acontecesse. Isso levaria dezenas de milhares de seus seguidores em protesto nas ruas de Buenos Aires. Mas, nos bastidores, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, que liderou a acusação pública contra a medida, falou em uma reunião de bispos em 2010, e defendeu uma solução bastante não ortodoxa: a de que a Igreja na Argentina apoiasse a ideia de uniões civis para casais gays.”. 




Até então o que parecia absurdo vem a tona de forma natural e conivente com a discussão da principal pauta global que é a união estável de pessoas do mesmo sexo. O NYT ouviu o teólogo e líder dos direitos do homossexuais na Argentina, Marcelo Márquez, que teve contato com o então bispo de Buenos Aires Cardeal Bergoglio. Ele relata que o religioso foi muito atencioso com a causa. “Ele ouviu meus pontos de vista com uma grande dose de respeito”, disse Marcelo Márquez , que para sua surpresa, recebeu um telefonema de Bergoglio menos de uma hora depois de enviar uma carta.

“Ele me disse que os homossexuais precisam ter direitos reconhecidos e que apoiava uniões civis, mas não casamentos do mesmo sexo.”  

O ativista também afirmou que encontrou duas vezes com Francisco para discutir como a teologia católica poderia apoiar os direitos civis de homossexuais.

Mas o que deixa a clara evidencia da abertura de diálogos e na trajetória de um consenso entre homossexuais e a religião católica é quando o Papa Francisco diz a seguinte frase para o rabino Abraham Skorka: 

"Se Deus, na criação, correu o risco de nos fazer livres, quem sou eu para me meter?”.

As palavras estão publicadas da revista Época deste mês. 

O mundo caminha a passos largos para uma mudança em suas estruturas, sejam de família, sejam de comportamentos ou de respeitos. Os valores sofrerão mutações e dogmas antigos cairão para que a sociedade possa se harmonizar e se tolerar. A luta dos gays pela união estável é mais uma luta que se assemelha a outras grandes lutas que tivemos ao longo da nossa história. Negros, mulheres, deficientes, religiões pagãs e tantos outros setores minoritários que buscam aceitação e boa convivência com a maioria. 

A ditadura da maioria será derrota? 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Entrevista: Marcus Berg

No momento que o país se concentra na discussão do casamento entre pessoas do mesmo gênero, vemos a população se manifestar de várias formas. Manifestações contra a intolerância tomam conta dos principais centros urbanos do Brasil.
O estopim de tudo isso foi a escolha do pastor e deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, o parlamentar é acusado de racismo e homofobia nas redes sociais, além de discursos ofensivos em cultos dentro de suas igrejas. 
Os protestos não partem apenas de cidadãos comuns, mas políticos e importantes figuras da classe artística arranjaram uma forma de protestar contra os discursos de intolerância que estão sendo empregados por uma parcela da sociedade brasileira. 
Aqui em Brasília ativistas do movimento LGBT e do movimento negro se unem em protestos a permanência de Marcos Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, responsável por discutir politicas para as minorias, a pressão sobre o pastor é cada dia maior e lideranças dentro do Congresso já querem sua saída. 

O Brasília TonKo entrevista o ativista e um dos entusiasta dos protestos dentro da Câmara dos Deputados, Marcus Berg. Carioca de nascimento mas há 13 anos em Brasília, Berg está com 35 anos e releva:

" Vejo na politica a chance de fazer valer as vontades, direitos e dignidade das pessoas que dividem comigo esse país. Quero poder fazer muita coisa por nós (...) "

Marcus ajuda a organizar os protestos, conversas com parlamentares e é incisivo na busca de tolerância e igualdade entre os gêneros. 

                       


Leia agora, sem censura, a reprodução da entrevista:

B.T: A principal pauta de discussão no país hoje é a união estável entre homossexuais, qual sua opinião sobre o tema?

Marcus Berg:  Eu vim de uma geração que não podia segurar a mão do namorado em público sem ser agredido pela policia ou pela população. Eu acredito que com o casamento igualitário os jovens possam crescer com dignidade, sem estar sujeito a prostituição, maus tratos, diferenças. Certos de que em sua fase adulta, terão a chance de constituir suas famílias de forma digna.

B.T:  Você é um ativista dos protestos contra a permanência do deputado federal Marcos Feliciano a frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, o que te motivou a participar das manifestações dentro do Congresso Nacional?

Marcus Berg: Ainda que não fosse gay, como não sou negro, nem mulher, nem deficiente e afins, entendo que alguém que defenda os interesses de um grupo no âmbito nacional tenha, no minimo, que ser sensível a causa. Não é o caso do Dep. Pastor Marco Feliciano, o próprio já justificou de todas as formas que não é o melhor representante dos Direitos Humanos embora talvez represente publicamente seus 212 mil eleitores enganados.

B.T: Acredita que estas manifestações estejam conseguindo o resultado esperado?

Marcus Berg: Acredito que está fazendo com que o povo questione suas lideranças, suas crenças, seus apelos, seus conceitos, pré conceitos formados, sua natureza e isso sem duvida  é um ganho enorme.

B.T: Na sua opinião quem é a maior liderança da causa gay no Brasil atualmente? O que destaca desta pessoa?

Marcus Berg: Poderia dizer do Jean Wyllys, da Marta Suplicy, da Erika Kokay, da Daniela Mercury. Não acho que exista de fato um personagem só. Todos temos a mesma força com impactos diferentes, quanto mais se elege um, menos argumentos e experiencias são tratadas. Acho que todos estamos fazendo um trabalho de conscientização exemplar, com paz, tranquilidade, conquistas.

B.T: A homofobia no Brasil está diminuindo? Como você vê o atual cenário da sociedade gay no país?

Marcus Berg: Não acredito nessa fobia, acredito na falta de informação. Não acho, por exemplo, que alguém saia correndo da sala ou de uma surra no primo gay que chegou pra ceia de Natal, entende? Ainda tem muito a ser feito, assim como foi com os negros, mas sem duvida  demos muitos passos importantes em direção a uma convivência melhor.

B.T: Para concluirmos, quais são suas projeções para as discussões sobre o tema?

Marcus Berg: Os questionamentos  foram feitos, lançamos a semente. Espero que germine e tenham bons frutos. Não acho que o futuro seja mais ou menos importante que o presente mas é agora que podemos fazer algo sobre o amanha, então que seja feito!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Estamos em que século?

Informações correm pelas vias submarinas e aéreas o tempo todo, se acontece alguma coisa lá na pequena ilha de Sumatra sabemos logo aqui no Brasil. Esta tecnologia é moderníssima, a instantaneidade se consolidou nos meados do século XX junto com outras diversas ferramentas modernas.
Hoje, pela rede mundial de computadores, eu pude me deparar com duas situações bem antagônicas. 
No Kuwait, país rico do mundo árabe, respeitado e apoiado por  Estados Unidos e Grã-Bretanha , aliados na Guerra do Golfo, na década de 1990, contra o Iraque de Saddam Hussein, aconteceu um cena no mínimo definida como primitiva. Três homens foram mortos enforcados no presídio central da Cidade do Kuwait, quem executou os homens foi o próprio governo do país através do Ministério da Justiça. 
Policiais e oficiais da Justiça acompanharam as execuções.
Os homens eram um saudita (Faisal al-Oteibi), um paquistanês (Parvez Ghulam) e um árabe de origem não divulgada (Dhaher al-Oteibi). O último deles foi condenado após matar a mulher e cinco crianças e afirmar que era na verdade um Imã, um líder do Islamismo, aguardado há muito tempo.
Foram crimes brutais, é claro! Mas brutalidade se responde com brutalidade?  



A ONU (Organizações das Nações Unidas) discutiu por anos o respeito aos direitos humanos, até hoje se luta pelo respeito a vida em todo mundo. Mas quando este importante órgão global irá agir contra países que ainda insistem em manter praticas de condenações como estas? O Kuwait matou,desde que introduziu a pena de morte, em meados de 1960, 69 homens e três mulheres estrangeiras. A maioria por assassinatos ou trafico de drogas. 

Em uma matéria publicada pela BBC Brasil, em 2012, foi citado que 676 pessoas foram executadas em 20 países no ano de 2011, um aumento de 149 em relação a 2010. Irã, Arábia Saudita, Iraque, Estados Unidos e Iêmen encabeçam a lista, sendo os responsáveis pela grande maioria das sentenças. Os meios utilizados são diversos, vão desde enforcamentos até injeções letais. A publicação ainda aponta indícios de que a China seja o país com o maior número de execuções, ultrapassando os milhares, porém as estatísticas não são divulgadas pelo governo. 

18.750 prisioneiros são mantidos no corredor da morte em todo o mundo.

O pensamento que fica é, estes exemplo de comportamento para a sociedade são benéficos? A brutalidade destas mortes servem de exemplo? 

São perguntas que por enquanto estou sem resposta.

Rasgaram a Constituição na sua cara!

A Constituição do Estado brasileiro que entrou em vigor no ano de 1988 diz o seguinte no artigo 19:


 “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.



Mas o que vemos do deputado federal, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e pastor Marcos Feliciano é um verdadeiro samba em cima deste livro de deveres e direitos tão importantes para esta Nação. Além de tornar a comissão, dentro do Congresso Nacional, em uma filial de uma de suas igrejas, onde celebra verdadeiros cultos entre uma sessão e outra da comissão e proferir frases racistas e homofóbicas,  no último dia 29 de Março, durante um culto na cidade de Passos (MG), este 'espirituoso' homem proferiu as seguintes frases:



“Essa manifestação toda se dá, porque pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de espírito santo conquistou um espaço que até ontem era dominado por satanás”



Além do total desrespeito pelos que o antecederam nesta comissão, Feliciano demonstra, mais uma vez, descumprir totalmente a Constituição Federal, não só no Artigo 19, mas já no primeiro e no quarto artigo, que trás assim:


Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 

III - a dignidade da pessoa humana;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;




  





Eu sinceramente gostaria de saber onde estão os eleitores do Dep. Marcos Feliciano,  estão contra ou do lado desde lamentável homem que os representa no Congresso Nacional? 

Nestes circo de horrores que estamos presenciando, mais do que nunca, não podemos nos calar enquanto este homem permanecer presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.


O Brasil retrocede com homens como Marcos Feliciano, agora sim, estamos a caminho do inferno! 







quarta-feira, 27 de março de 2013

Deram o exemplo! É hora de mudar.

Quando se quebra uma tradição milenar fica exposto que o mundo está mudando,  transformando-se em algo novo. Me parece que os anseios da humanidade pressionaram grandes instituições a se modificarem, isso ficou bastante claro quando a Igreja Católica Apostólica Romana escolheu como seu líder máximo um homem latino-americano, de uma região onde, há poucos mais de 500 anos, a Igreja Católica ajudou a colonizar e a transformar, seja de uma forma positiva ou seja nagativa.
A escolha de Bergoglio, um homem de diálogos, não radical e extremamente simples em suas ações e escolhas, para ser Papa, revelou que a Igreja sentiu que seus mais de 1 bilhão de fieis pedia - Mudança!  
Os Católicos debandaram para outras religiões nas últimas décadas, alguns foram para religiões mais abertas outros buscaram religiões mais extremistas, foram atrás de novos conceitos e novas traduções da palavra de Deus. E este é o desafio que a a Igreja de Roma terá pela frente. 
O cardeal argentino, quando aceitou a desafio de ser Papa, escolheu como denominação para seu pontificado o nome Francisco, uma homenagem a São Francisco de Assis, um homem que abriu mão de muitas coisas ao longo de sua vida para se dedicar aos ensinamentos de Deus e a cuidar daquilo que Deus criou para o homem. E este foi mais um indicativo que esta grande instituição religiosa tentará mudar, deixando de lado luxos, dogmas e ensinamentos arcaicos e buscando modificar a forma de passar a palavra de Deus, uma forma mais centrada e mais próxima da realidade do século XXI. 
Papa Francisco em uma de suas primeiras reuniões recebeu lideres da religião judaica, muçulmana, hindu e de outras religiões orientais e ocidentais, Francisco deixou claro que quer se aproximar destas religiões para um diálogo mais aberto e mais amistoso. Isso sem duvida irá refletir na sociedade no futuro, trazendo mais tolerância e respeito entre nós. 
Jorge Mario Berglogio, argentino de Buenos Aires, torcedor do San Lorenzo, adorador do Brasil e da nossa música, não dispensa um chimarrão, o primeiro Papa que vem de um país que foi colonizado por europeus e que quer mudar a Igreja levando ela para as periferias, descendo do altar para dialogar na rua com o povo.
Se precisamos mudar alguns pontos a hora é esta,  porque nos deram o exemplo! Depois de mais de 1000 anos uma instituição milenar irá mudar. 



Alegria pura

A Índia está em festa!

É tempo da celebração Holi, ou a Festa da Cores, ligada totalmente ao religião hindu, esta grande festa atinge os mais de 1 bilhão de indianos em todo o planeta. Velhos, jovens, crianças, todos vão paras ruas colori-las de todas as cores possíveis e imagináveis. Eles celebram a chegada da primavera, esperam pela benção da fertilidade, dançam, brindam e brincam para afugentar os maus espíritos! É uma batalha de tintas harmônica, se é que pode ser chama de batalha!

Uma festa grandiosa mas muito simples, as cidades de Hauhati e Allahadad tem suas ruas tomadas pelas cores azul, turquesa, rosa e lilás, o que se ouve são cânticos e risadas. Tão simples, tão puro e tão CIVILIZADO!

Creio que no Brasil temos festas tradicionais que sejam tão bonitas quanto esta, mas nos últimos tempos vejo que a intolerância e a falta de respeito, tanto com as pessoas quanto com os lugares, estão margeando e manchando festas tradicionais brasileiras. As festas de carnavais deram lugares a brigas generalizadas, as micaretas, cheia de alegria, deram lugar a escândalos de abusos sexuais, de alcoolismo e um uso desenfreado de entorpecentes. Os postes de Salvador e do Rio estão se deteriorando com a falta de respeito de homens e mulheres que insistem em urinar no patrimônio público. Até quando?
Tudo está ficando mecânico, meio químico, caras e bocas para poder agradar terceiros. É assim que a tradição brasileira está sendo tratada e está indo por ralo a baixo.

Índia e todo seu misticismo, simplicidade e harmonia encanta mais uma vez, obrigado por este show de alegria!


Não confio na igreja dos homens!

Parei pra ler sobre alguns textos da Bíblia e vi o quão os textos foram deturpados ao logo dos anos, conforme a 'necessidade' do homem se apresentava. 
Pego como exemplo o tema da homossexualidade que está em foco aqui no Congresso Nacional. Existe um texto em 1 Coríntios, capítulo 6, versículo 9 que trata sobre homossexualidade e fala da seguinte forma: "‘Efeminados e sodomitas não herdarão o Reino dos Céus’, porém, o escrito original do grego diz assim: ‘Depravados e pessoas de costumes infames não herdarão o Reino dos Céus’.

De uma coisa eu sei, esta pregação de ódio e total contrariedade a população gay vai contra um principio básico de Jesus que sempre cuidou das minorias, acolhendo os que a sociedade excluía.

Não confio na igreja dos homens!







É meu e eu falo o que der na telha!

Não, eu não sou do tipo de jornalista que gosta do lado negativo das notícias, tão pouco aqueles que gostam de sair por ai envenenando os leitores. Mas não fujo dos fatos, entro no debate e gosto da polemica, até porque, é assim que vivemos DE POLEMICAS!  Então leia aqui, debata aqui, sejam bem vindos ao Blog Brasília TonKo.

O Brasília TonKo não vai abordar apenas política, a vida é bem mais abrangente do que isso, vai ser meu espaço para discutir e colocar a minha opinião sobre os fatos da capital, do Brasil e de qualquer outro lugar que aconteça algo que chame minha atenção ou de qualquer pessoa que me faça questionar seus atos!

Enfim, boa diversão, boa leitura, boas reflexões!


Let's Go!